A necessidade de investimento em cibersegurança frente ao avanço da criminalidade digital e à sofisticação das táticas dos cibercriminosos.

De João Marconcini
08/03/2024

Segundo dados da Trend Micro o Brasil foi o país que mais sofreu ataques cibernéticos da América Latina em 2023 e o segundo no mundo, trazendo um prejuízo não só financeiro para as empresas como à reputação. De 2022 para 2023 houve um aumento de 51% nos casos, o que levanta um alerta sobre o avanço nas táticas dos cibercriminosos e um déficit em contrapartida no investimento das empresas para se defender.

Só no ano de 2023 os cibercriminosos embolsaram um total de US$ 1,1 bilhão, o que é quase o dobro do registrado no ano anterior. Jackie Koven, chefe de Inteligência de ameaças cibernéticas da Chainalysis, disse que o valor histórico do ano passado mostra que essas investidas virtuais são uma ameaça que só tendem a piorar, o que exige um trabalho em conjunto de diversos atores.

“Devido à natureza globalmente distribuída destes ataques, é necessário um esforço concertado entre governos, agências de aplicação da lei, fornecedores de tecnologia e o apoio das organizações vítimas para denunciar e lidar com essas ações de forma transparente”.

A maior parte dos ataques é por meio de Ransomware, uma espécie de Malware que criptografa seus arquivos e pede em troca da liberação dos dos documentos uma recompensa, o ransomware vem muitas vezes por um e-mail, por um link, por um download, que acaba passando batido pelo usuário quando vai ver se depara com uma mensagem solicitando a recompensa em troca da chave para descriptografar o arquivo.

Em 2021 a JBS foi vitima de um ataque hacker em suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, que ficaram temporariamente fechadas. A invasão foi realizada por um ransomware, que consegue "sequestrar" os dispositivos da vítima para cobrar uma espécie de resgate, que no caso em questão custou incríveis US$ 11 milhões, sendo considerado o segundo maior resgate com bitcoins da história.

Em contrapartida ao alto número de invasões sofridas pelo Brasil, o país está a passos lentos buscando evoluir no quesito segurança da informação em janeiro de 2023 a MIT Technology Review Insights publicou o Índice de Defesa Cibernética e colocou o Brasil em 5º lugar como pais mais lento e desigual na criação de um ambiente de defesa cibernética.

O Brasil pode estar especificamente em risco pois, além de sua baixa classificação no ranking, há uma lacuna de ações educativas sobre como evitar cair em golpes como phishing, quando um link falso é enviado para a vítima em busca de roubar dados pessoais e bancários.

Hoje a Datadefense é uma das empresas pioneiras em Privacidade e Proteção de Dados no Brasil, fornecendo um serviço de adequação tanto a LGPD, quanto as ISO's 27001, 27002 e 27005 focadas em Segurança da Informação